Boa noite!

Hoje falamos sobre:

                                                                 imagem retirada da Web

Esta é uma obra que nos relata a História da Inquisição Portuguesa, tal como indica o título, partindo do ponto de vista da acção do Tribunal e, não se centrando nas sentenças finais  e respectivas vítimas.

São autores Giuseppe Marcocci e José Pedro Paiva, ambos professores e investigadores de História. 

Marcocci especializado nas áreas Política, Cultural, e Religiosa do mundo ibérico abrangendo o séc. XV a XVIII e, José Pedro Paiva as áreas Religiosa e Cultural em Portugal nos sécs. XVI a XVIII.

Elaborando uma resenha deste trabalho... 

Instituição fundada em 1536, no reinado de D. João III, tendo como fundador o Cardea D. Henrique (em Portugal), teve o seu término em 1821 no reinado de D. João VI.

Durou 285 anos durante os quais teve como objectivos combater a heresia, ou seja, lutar contra as crenças e práticas que afastavam da verdade da fé, como entendida pela Igreja, dos católicos baptizados. Os principais alvos, como réus, eram judaizantes, islamizantes, luteranos, calvinistas, bruxas, feiticeiros e os que colocavam em causa os dogmas.

Seguindo esta linha de pensamento, o principal objectivo da Inquisição era mudar o reino, subtraíndo-lhe os pecados e alinhado-o com os cânones da verdade da fé, como era preceito da Igreja Católica Romana.

O livro divide-se em cinco partes, a saber:

1. da constituição do Tribunal em 1536 até à primeira grande crise em 1604/1605 (período que atravessa o Renascimento)
2. a crise entre 1674/1681 vivida sob a obsessão antijudaica e contra as restantes minorias convertidas.
3. relata a tentativa de reorganização até 1755, período de vigilância e perseguição na vertente religiosa, cultural e social
4. trata do tema a partir da assunção do Marquês de Pombal à pasta dos Negócios do Reino, em que se dá  o gradual declínio da perseguição aos cristãos-novos, e em que o Tribunal passa a ser dominado exclusivamente pela Coroa.
5. por último, os derradeiros meses de vida do Santo Ofício (1821), em que se descreve a sua agonia, os ritos de passagem da sua abolição, que só foi possível com a Revolução Liberal.

Por fim, resta dizer que o Tribunal tinha, no início, uma natureza mista: estava sob o poder régio e eclesiástico, e que à época muitos definiam o Santo Ofício com a seguinte expressão - "votar para morte de homens". 

Pessoalmente estou a apreciar bastante a leitura deste livro e a aprender muito.

Boas leituras e boa semana! 😊

 Por pura curiosidade 😀

Autores que nasceram em Setembro:

William Faulkner

F. Scott Fitzgerald

Agatha Christie

Natália Correia

Eduardo Galeano

Lev Tolstoi

António Lobo Antunes

 Domingo, 2023/09/04

Hoje venho falar-vos do livro que estou a ler no momento...

    

                                                                         imagem retirada da Web

Trata-se de um belo romance histórico escrito por Philippa Gregory.

Elaborando uma pequena resenha sobre a autora posso dizer-vos que: Philippa nasceu em África, mais própriamente no Quénia, tendo aos dois anos ido viver para Inglaterra.

Quando entrou para a Universidade realizou um curso de iniciação à História, curso esse que lhe alterou as ambições sobre o futuro; ainda no que respeita à sua formação académica, Gregory doutorou-se em Literatura do Séc. XVII.

Escreveu mais de duas dezenas de livros e, o seu período favorito é a época do reinado dos Tudor.

Voltando à obra e, dando a minha humilde opinião, sendo que também sou uma fã do período Tudor, devo dizer que estou a apreciar muito a leitura deste livro pelo seu rigor histórico e pela forma como a escrita da autora nos prende à trama.

Apesar de se tratar de um romance, em momento algum a autora foge aos factos, às personagens e eventos históricos do período em questão; para quem, como eu, conhece bem os factos que se sucederam na época (as várias mulheres que passaram pela vida do rei para que conseguisse um herdeiro do sexo masculino, a grande influência nas decisões políticas por parte do Cardeal Wolsey, a     amizade do rei com Thomas More, a cisão com a Igreja Romana e a criação da Igreja Anglicana), tudo é, nesta obra, fielmente retratado e contado não nos fazendo nunca perder o interesse e o fio à meada.

Se me permitem aconselho vivamente a leitura.

Boas leituras!

 Bom dia!

Venho falar-vos um pouco sobre um autor cujo passamento se deu a 14 deste mês, em Milão, aos 93 anos; falo, evidentemente de Francesco Alberoni.

Alberoni nasce em 1929, Dezembro, e, mais tarde, completa a Licenciatura em Medicina.

No ano de 1964, Francesco Alberoni torna-se professor de Sociologia.

(imagem retirada da web)

Descobri este italiano, de Piacenza, aos 23 anos, por mero acaso, quando vi alguém a ler uma das suas obras intitulada "O Erotismo"; escusado será dizer que me despertou, de imediato, a curiosidade e, adquiri a obra para a ler, tendo-me tornado uma fiel leitora do autor.

(imagem retirada da web)

Depois deste li, ainda, "A Amizade", "Público e Privado", "Génese", "O Voo Nupcial" e "Enamoramento e Amor". Todos eles Ensaios Sociológicos de quem, sem dúvida, dedicou a sua vida ao estudo do sentimento amoroso nas suas variadas vertentes, seja a da amizade, do amor ou erótica/sexual.

Em 2012 deparei-me, numa livraria, com um romance deste escritor cujo título é "Os Diálogos dos Amantes. Devo confessar que estranhei a alteração no género literário mas não deixei de adquirir o livro e, reconheço que fiquei agradavelmente surpreendida com o seu conteúdo.

(imagem retirada da web)

Apesar de classificado como Romance e, de facto, ter uma trama romanceada em torno da sua essência, este é, também, um ensaio sobre a capacidade salvadora do amor e do erotismo, e muito me marcou, principalmente a personagem feminina com a qual me identifico "in extremis" no seu modo de pensar, de sentir e vivenciar a vida, o amor e as suas componentes eróticas e sexuais.

Atrevo-me a dizer, tal como o autor no prefácio o fez, que todos os jovens deveriam ler este livro para que pudessem compreender um pouco o significado de uma relação a dois.

Termino com a transcrição da sinopse da obra retirada da página web da Editora Wook.

SINOPSE

Num futuro próximo, em que a manipulação genética a neurociência ameaçam a autoridade do indivíduo e a unidade da espécie humana, Sakùntala e Rogan exploram desejos e paixões através de um diálogo sem tabus nem inibições. O seu amor, exclusivo e fiel, constrói-se à medida que se vão conhecendo e que vão vivendo experiências eróticas e sentimentais sempre novas.
Através dos seus diálogos, vamos descobrindo um mundo no qual a programação genética vai conduzindo a humanidade a um sistema de castas e à abolição da liberdade de escolha individual, um sistema contra o qual se batem os protagonistas, arriscando a própria vida.
Acima de tudo, exploramos com os dois amantes o derradeiro reduto que é o sexo, o meio através do qual homens e mulheres podem alcançar a mais profunda das intimidades.

Boas leituras e bom Domingo 😊

 Olá!

Hoje trago-vos as minhas mais recentes aquisições...

Em primeiro lugar, das Edições Zigurate, este exemplar "A Biblioteca de Estaline"

Depois, "Sapiens" de Yuval Noah Harari

Por último, o mais recente número da Revista "Crítica XXI"

Nenhum destes exemplares irei ler em breve mas, como a sua presença nos escaparates é curta, já os comprei para garantir que terei a oportunidade de os ler.

No que respeita ao primeiro volume estou curiosa para descobrir os interesses de um dos ditadores do séc. XX a nível literário.

No segundo caso, o que me despertou interesse foi ter assistido a uma entrevista realizada ao autor do livro.

Quanto à revista, sou da opinião de que devemos conhecer sempre os dois lados para uma melhor reflexão e entendimento das respectivas acções e discursos.

Boas leituras e, se for o caso, boas compras! 😉

 Boa noite!

Volto ao vosso convívio ao fim de dois anos; não porque tenha perdido o hábito de ler, mas por falta de tempo a nível pessoal.

Agora que tenho mais disponibilidade de horários e, também, a nível espiritual e emocional retomo os meus comentários e sugestões de leitura...

Desta feita trago-vos uma obra da área da História:

Roderick Beaton foi professor de Grego, História, Língua e Literatura; por esta pequena amostra podemos já intuir da qualidade da escrita, do conhecimento da matéria e, finalmente, da fiabilidade do conteúdo.

As civilizações antigas e, muito particularmente, a civilização grega, assim como, todo o seu contributo para todo o desenvolvimento humano e planetário despertou-me sempre grande curiosidade e simpatia. Daí ter adquirido a obra e tê-la começado a ler de imediato.

Este é um trabalho extenso, bem elaborado que nos permite conhecer todas as áreas em que há mais de dois mil anos o povo grego começou a contribuir para a organização global.

Espero que, se alguém tiver ficado curioso e, for ler este livro, se sinta tão agradado quanto me estou a sentir.

Boas leituras! 😊

 Boa noite!

Se estivesse entre nós, festejava-se hoje mais um aniversário Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, mais conhecido como Camilo Castelo Branco.

Camilo, então, nasceu a 16 de Março de 1825, tendo falecido a 01 de Junho de 1890; morte essa trágica, como é do conhecimento geral, este autor colocou fim à própria vida com dois tiros, depois de ser desenganado por um médico que lhe disse não ser possível curar a cegueira que cada vez mais lhe dificultava o exercício da escrita.

Este autor foi um dos principais representantes do Romantismo português,  tendo uma vasta obra até porque, era ela que lhe auferia o seu sustento e, da sua família.

Um dos contos que mais apreciei de Camilo foi: Maria Moisés mas, a sua obra, como já tive oportunidade de referir é imensa. Digam-me a vossa preferência e, porquê.

Até breve!